sexta-feira, 30 de junho de 2006

Não vote mesmo!

O mapa da mina trilhado pelos políticos, a exibição eleitoral que oscila do ridículo ao deprimente e a impotência dos governantes perante a crise que se alastra minam a confiança dos brasileiros (as). Os donos da mídia e demais defensores do capitalismo pressentiam o perigo e tomaram medidas para sufocá-lo. Rapidamente encabeçaram uma campanha publicitária massiva. Não só para nos obrigar a votar, mas desejam levar-nos a pensar que as soluções só começam por meio do voto, por meio da política, sem mudar o sistema.

A campanha publicitária, em reforço à campanha eleitoral, ganha, portanto, uma dimensão decisiva. Por isso, uma mentira deslavada é enfiada goela abaixo da população. Trata-se de uma imposição que desfaz da nossa inteligência, zomba da nossa revolta ainda contida, especula sobre a monotonia de nossa vida que eles forjaram e embeleza a farsa para que o povo eleja “democraticamente” quem a mídia e os partidos bem entenderem.

Mas, se a campanha falhar, já se desconfia do uso de um expediente golpista: a mudança da programação que alimentam as urnas eletrônicas. Uma fraude sem tamanho, mas possível. O terrorismo publicitário da política eleitoral não é sinal de força. Falta-lhe argumentação inovadora. Reveste-se de uma mesmice entediante. Não tem fundamentos sólidos nem capta a natureza da crise atual. Seus conteúdos e formas já nascem ultrapassados, como os candidatos (as).

A interiorização das categorias fundantes do capitalismo – valor, dissociação, mercadoria, trabalho, dinheiro, mercado, Estado, política, etc. – nas pessoas, como naturais e eternas, agora se choca com os limites do sistema produtor de mercadorias. Hoje, uma parcela considerável dos seres humanos começa a perceber que está sendo excluída definitivamente desse sistema. Por causa disso, o terrorismo publicitário eleitoral impõe, mas não convence.

Portanto, chegou a hora de um pensamento inovador. Vamos dar asas à nossa inteligência, à nossa imaginação e transcender o sistema, tanto capitalista como socialista! Vamos inaugurar uma nova vida, uma nova sociedade, uma nova relação social!

Por isso, apaixone-se! Junte-se a nós para FORA POLÍTICA, para GREVE DO VOTO! NÃO VOTE! A vitória dessa proposta nessas eleições – uma enorme conquista histórica na nossa cidade, estado e país – depende única e exclusivamente de você. Participe da campanha para o início da nossa libertação. Não se submeta mais às exigências do Estado e do seu sistema. Organize a rede contra a política, seus partidos, candidatos (as) e a eleição da corrupção.

Não vote! Não busque amparo em conceitos conservadores. Vamos dar adeus às ilusões! Vamos construir um novo movimento social que contenha não só a crítica teórica radical, mas também uma atividade prática radical! Declare o seu amor à humanidade e participe do ato e da festa do despertar da emancipação!


Grupo Crítica Radical

2 comentários:

Anônimo disse...

Acho que tudo que está exposto pelo movimento crítica radical, no sentido de um alerta para um colapso global é a pura verdade. Qualquer sistema que se desenvolve como é o caso do sistema capitalista e do seu filho o socialismo de estado, que são baseados em conceitos abstratos e desprezam os valores humanos como a liberdade de viver de forma simples e feliz, tende a se destruir pois não existe sistema possível se o mesmo não se baseia no ser humano e na natureza.

Acho que é hora de estudar-mos a antiga sabedoria dos nossos ancestrais indígenas que infelizmente foram quase extintos por pensarem que o importante da vida é a felicidade de uma vida simples em harmonia com a natureza.

Chegou a hora de começarmos a utilizar a tecnologia para trabalhar para todas as pessoas e não para uma minoria viciada em um consumo supérfluo que esgota os recursos naturais e despreza às necessidades básicas dos seres humanos.

É possível criar uma economia voltada para suprir as necessidades básicas de todos os seres humanos onde existiria um sistema de produção em massa favorecido pelo emprego de alta tecnologia que seria desenvolvida, gerenciada e mantida por pessoas de boa vontade, voluntários, que teriam como pagamento a possibilidade de viver em uma sociedade de harmonia e paz. Neste modelo de economia não existiria mais o dinheiro, a compra e a venda ,salários. Tudo seria distribuido sem excessos para que fosse mantida a sustentabilidade do planeta. A distribuição dos bens seria totalmente igual para todos. As pessoas trabalhariam bem menos e poderiam se dedicar a atividades humanas como a arte o lazer etc.

Agildo Siqueira disse...

Tenho uma duvida. Se o povo se concientisa-se e deixa-se de votar, esse sistema farjuto de democracia desmoronaria, certo? e o que viria? Nava forma de ditadura? o que? E qual seria a proposta de vocês? Estou muito afim de compreender tudo isso. Me respondam. Origado e boa tarde.